A Prefeitura do Rio de Janeiro conseguiu, enfim, concluir a licitação do Parque OlÃmpico para os jogos de 2016. A licitação, que havia sido barrada pela Justiça em janeiro, foi finalizada nesta segunda-feira. Quem fará a obra é um consórcio formado pela Obebrecht, a Andrade Gutierrez e a Carvalho Hosken.
O consórcio foi o único que apresentou propostas para construir a principal estrutura esportiva para a OlimpÃada de 2016. O Parque OlÃmpico do Rio deve custar R$ 1,4 bilhão.
A prefeitura deve desembolsar R$ 550 milhões com a obra. O restante do valor será pago com o repasse da posse do terreno do Autódromo de Jacarepaguá, avaliado em R$ 850 milhões.
A construção do Parque OlÃmpico para a Rio-2016 já foi contestada na Justiça outras vezes. Em janeiro, uma liminar impediu a licitação da obra, considerada a mais importante para a OlimpÃada.
A licitação do parque estava ameaçada por ações judiciais da Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA) e a Defensoria Pública do Rio de Janeiro. Há dois meses, elas conseguiram decisões liminares que obrigaram a prefeitura a remarcar a abertura dos envelopes das propostas para esta segunda.
A CBA quer a garantia de que a obra no Parque OlÃmpico, no Autódromo de Jacarepaguá, só será iniciada quando um outro circuito estiver disponÃvel para a prática do automobilismo no Rio. Já a Defensoria Pública quer garantir que moradores de uma vila ao lado do autódromo não percam suas casas por causa da obra.
Neste final de semana, a CBA chegou a pedir novamente o adiamento da licitação pois disse que não tinha garantia da prefeitura de que o novo autódromo estaria funcionando antes do inÃcio da obra. A Justiça, no entanto, resolveu manter a licitação, mas ressaltou que a demolição do circuito só pode começar quando o outro autódromo, que ficará em Deodoro, estiver pronto.
O diretor jurÃdico da CBA, Felipe Zeraik, esteve na sessão de abertura de propostas na prefeitura. Lá, ele disse que a CBA não quer proibir a obra para a OlimpÃada, mas não pode deixar o automobilismo carioca ser prejudicado. "Seis meses sem corridas no Rio poderiam acabar com o esporte", afirmou ele.
Luiz Gabriel Ribeiro (Site UOL, no Rio de Janeiro
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